A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda.” Paulo Freire

sábado, 24 de julho de 2010

ESPAÇO DO PROFESSOR

SER PROFESSOR NOS DIAS ATUAIS...

Será que ser professor nos dias atuais é ter uma profissão diferente daquela que em outras décadas era considerado como ser “professor”? São profissões diferentes? Dentro da nossa cultura educacional são sim, mas se uma análise mais criteriosa for promovida, ao analisar tais resultados veremos que são profissões que se cruzam, em especial quando temos que nos tempos atuais ser um professor exige também do profissional, antes de mais nada, ser um verdadeiro pesquisador!
O professor ainda há poucos anos poderia facilmente ser definido como o profissional que ensina, ministra, relaciona ou instrumentaliza os alunos para as aulas ou cursos em todos os níveis educacionais, segundo várias concepções que não pretende-se penetrar no momento.
Na nossa sociedade o professor é visto como aquele que coloca em prática o que dizem os pesquisadores, estes que seriam aqueles que seguem modelos clássicos, desconhecendo a prática da sala de aula.
O pesquisador, como aquele que exerce a atividade de busca e reunião das informações sobre um determinado problema ou assunto para então analisá-las utilizando-se do método científico com a intenção de aumentar o conhecimento de determinado assunto ou até mesmo descobrir algo que seja novo e relevante.
Mas como definir o professor-pesquisador?
Quando um professor é também um pesquisador (e o inverso também se faz verdadeiro) este profissional altamente especializado agrega ao seu currículo um forte ponto positivo, pois consegue aliar prática e teoria, fator que merece sempre um poto de destaque. Temos assim que alguns doutrinadores defendem a interação da prática (do professor) com a teoria (do pesquisador) e dentre eles podemos destacar nomes como Pedro Demo, Marli André, Zeichner, embora temos que cada um visualiza o todo sob sua própria ótica.
E embora muitas sejam as teorias que pretendem abarcar tal conceito, em uma visão mais tradicional o professor-pesquisador deve assumir dentre muitas outras, algumas características fundamentais:
Especializar-se em metodologia de pesquisa.
Conhecer estratégias de ensino.
Aprofundar sua leitura sobre os temas que dizem respeito ao seu eixo de interesse, sem nunca esquecer de que outras áreas devem ser sempre exploradas.
Aprimorar reiteradamente suas competências e técnicas de ensino.
Ser consciente sobre os problemas recorrentes do universo da sala de aula e ser capaz de resolvê-los;
Quando da prática docente, ser capaz de relativizar a experiência prática com as teorias científicas apresentadas.
Assim, todo pesquisador deve experimentar o ambiente da aula, ou seja, fazer dela um laboratório próprio, abrindo assim os olhos dos seus alunos para as possibilidades científicas que fazem o entorno dos conceitos que estão sendo transmitidos.
Por outro lado, o professor também deve ser capaz de desenvolver a pesquisa como meio para validar os conhecimentos, conceitos e habilidades que serão apresentados em sala de aula, inclusive permitindo a aproximação do discente com a pesquisa.
Temos que a possibilidade da associação das atribuições dessas atividades e a literatura que trata sobre a formação do professor-pesquisador vêm crescendo em volume de discussões.
Existe um grupo que defende a idéia de que a atividade de ensinar é distinta da atividade de pesquisar e devem ser desenvolvidas em formações diferentes, como os que afirmam que:
[...] o professor e o pesquisador têm trajetórias profissionais distintas e, portanto, a formação desses profissionais deve estar voltada para o desenvolvimento de competências compatíveis com o exercício de cada uma dessas funções (SANTOS, 2004, p.14).
Por outro lado, há aqueles que são:
[...] defensores da pesquisa como elemento essencial no trabalho docente e, conseqüentemente, nesta visão, os cursos de formação docente devem voltar seus currículos para a preparação dos professores para o exercício dessa atividade (SANTOS, 2004, p.15).

Devemos considerar que a preocupação com a formação do professor-pesquisador e sua futura atuação estaria fundamentada na intenção de tirar a educação apenas da transmissão do conhecimento já formulado, e que a pesquisa iria possibilitar aos professores o exercício prático com os alunos que vise à formulação de novos conhecimentos ou o questionamento dos já existentes.
Questão que ainda persiste sobre a necessidade de sabermos associar o trabalho docente com a pesquisa, frente às grandes dificuldades encontradas na realidade das práticas da educação escolar brasileira em todos os seus níveis e diante de suas particularidades robustece as críticas contra tal paradigma. Essas circunstâncias não podem ser abandonadas e devem ser analisadas exaustivamente, antes de se atribuir e exigir novas funções ou uma mudança de postura dos professores que já lecionam nas salas de aula de todo o País.
A reflexão sobre a prática se mostra assim de fundamental importância, pois é deste ponto que o professor poderá refletir sobre tais questionamentos que não devem se limitar ao foro íntimo, criando condições do docente modificar suas ações, podendo assim fazer jus a grande responsabilidade que lhe é cada vez mais atribuída, contudo, temos que se inúmeras críticas se fazem a tal paradigma, devemos firmar posição sobre aquilo que não poderá ser retirado pelos defensores da dissociação entre o professor e o pesquisador, que é o espírito de investigação.
Portanto, temos que ser um professor, nos dias atuais, exige de cada profissional uma redefinição de seu papel enquanto professor, que deve aprender a analisar o meio em que vive, a fim de permitir-lhe entendê-lo e transformá-lo, permitindo assim um processo de ensino-aprendizagem impregnado pelo caráter inclusivo e formativo, e especialmente por ser socialmente desejável.Fonte: http://www.webartigos.com/articles/32007/1/O-que-e-ser-um-professor-nos-dias-atuais-/pagina1.html#ixzz0unQAK1tW

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